Mineradoras já trabalham com empilhamento a seco

Mineradoras já trabalham com empilhamento a seco

Com a evolução dos meios de processamento de rejeitos, muito ainda se pode acrescentar aos operadores de minas com relação à gestão dos mesmos e a sua potencial eliminação. Na constante busca de uma operação mineira sustentável e que elimine ou minimize a necessidade de barragens de contenção, há soluções disponíveis no mercado bastante eficientes.

As novas tecnologias se estendem principalmente em evitar o alteamento nas barragens atuais, que com a deposição de material a cada ano, sem pré-tratamento, implica em desafios às mineradoras.

O empilhamento a seco, espessamento e filtragem possibilitam a diminuição em taxas exponenciais deste alteamento ou até mesmo a sua eliminação, com o posterior descomissionamento completo da estrutura.

Métodos de bombeamento e novo tratamento deste rejeito por peneiramento, ciclonagem e espirais permitem muitas vezes o reaproveitamento do material em níveis comerciais, criando também uma via econômica para barragens abandonadas ou descomissionadas.

A CDE vem investindo todos os anos em pesquisa e desenvolvimento na procura de novas soluções na área de processamento mineral.

O trabalho envolve tecnologia para testes, modelagem de soluções em 3D e desenhos nas mais diversas atividades minerais, incluindo: plantas de concentração de fosfato, processamento de ouro, aumento de teor de Fe a partir das bacias de rejeitos, soluções “zero tailing”, entre outras.

Todas elas vêm sendo desenvolvidas em parceria com diversos clientes finais e estão sendo entregues aos mais variados países (incluindo o Brasil, África do Sul, Austrália, Colômbia, Índia etc.)

A empresa já com mais de 25 anos de mercado e cerca de 1.000 projetos em todos os continentes, busca trazer para a mineração um pouco de sua essência – quando começou como especialista de tratamento de águas de rejeitos urbanos. A empresa possui know how adquirido em tratamento de lamas de solos contaminados, provenientes de hidro escavação ou de material dragado, e vem aplicando novas técnicas de desaguamento, separação de sólidos e filtragem há quase três décadas – desde 1992.

Desde o recebimento das amostras até a apresentação do projeto final, todo em tecnologia virtual, possibilita ao cliente ver e “andar” na futura planta.

A CDE foca nos seguintes pontos: solução modular de rápida montagem em campo e baixo footprint e Capex com um payback competitivo e uma solução “ready to start”. Todas as plantas saem já pré-montadas e pré-testadas da fábrica.

A solução integra unidades de ciclonagem EvoWash/NanoWash, combinada com as modernas peneiras de desaguamento, as quais o produto é colocado em dry stockpile em um nível de umidade viável para seu transporte e empilhamento em terrenos. Podem ser acopladas a ela em sequência tanques de espessamento AquaCycle de até 2.500 m³.

Os filtros prensas específicos para a mineração permitem um conjunto de soluções já testadas, que dependendo da granulometria e volume da operação mineral, podem eliminar grande parte ou a totalidade o envio dos rejeitos as barragens.

Minas de minério de ferro e grafite no Brasil e na Índia já utilizam este know how, sendo uma tecnologia já aplicada e cada vez mais aperfeiçoada.

A CDE tem ainda atuado com tecnologias inovadoras nos passivos de rejeitos de minas abandonadas, e tem hoje em operação na Austrália duas plantas processando quase 15.000 toneladas de pilhas de minério de ferro de rejeitos de minas desativadas há mais de 20 anos, recuperando economicamente áreas que foram pesadamente afetadas pela paralisação de minas.

A atividade mineral tem seu papel no desenvolvimento e sustentação da economia e busca uma forma de operar cada vez mais sustentável e com menor risco. A tecnologia vem possibilitando este avanço e novos projetos tem demonstrado a possibilidade de se encontrar este equilíbrio.

Fonte: Revista Minérios & Minerales ( http://revistaminerios.com.br/equilibrio-na-mineracao/ ).

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